terça-feira, 24 de julho de 2012

Receita de leitura... "Chocolate"

Composição
Vianne e Anouk chegam a Lansquenet-sur-Tannes, apaixonando-se pelo encanto e pela magia da pequena aldeia junto ao rio, pelo que resolvem estabelecer-se e montar um negócio, uma chocolataria, pondo um ponto final numa longa vida de viagens.
As duas não foram bem recebidas pelos habitantes da aldeia, pois estes eram muito conservadores e obedientes à tirania do padre da aldeia, Reynaud. Apesar da ostracização, vianne e Anouk continuaram com a sua vida e cativaram alguns moradores, como Armande e Josephine…
A chegada destas novas moradoras veio trazer algumas mudanças à aldeia, pois a sua maneira de viver e a sua alegria imprimiram uma nova força de vontade aos seus habitantes, que sempre tinham vivido dependentes das crenças e dos desejos do padre, a quem todos temiam.
Vianne vai tendo cada vez mais clientes e resolve organizar um festival de chocolate na época da Páscoa.
A espontaneidade e a independência de Vianne cada vez mais afetava o padre, ao ponto de este achar que ela era uma má influência para os seus paroquianos, pelo que desejava que ela abandonasse a aldeia para poder ter, novamente, autoridade sobre todos.
Vianne ajudou Armande e Josephine a resolverem os seus problemas: o primeiro recuperou a relação com o neto e a segunda, Josephine, vítima de maus tratos pelo marido, fugiu e aprendeu a defender-se. Esta intervenção de Vianne afrontou o padre Reynaud. Há ainda um grupo de ciganos que costumava acampar pelas redondezas, mas o seu modo de vida não é aceite pela aldeia. Vianne vai aproximar-se desta comunidade e conquistar novas amizades, o que provoca ainda mais o distanciar dos habitantes e o ódio de Reynaud. Assim, o desenrolar da história vai envolvendo Josephine, Armande, Roux, Vianne e Reynaud.

Indicações
Aconselho os leitores a abastecerem a sua despensa de chocolate antes de iniciarem a leitura.
Este é um livro de leitura simples e deliciosa, que nos faz esquecer e pensar em pequenos detalhes da vida que por vezes não aproveitamos ou a que não damos o devido valor. É um livro recomendado a todas as pessoas que gostem de histórias doces - é apaixonante. A história das personagens prende do início ao fim. É recheado de descrições - “Os aromas da essência de baunilha e conhaque e de maçã caramelizada e chocolate amargo enchem a casa”, fazendo assim trabalhar a imaginação, recriando as personagens, os cheiros e os sabores de todos os doces enumerados. É um livro que apela aos sentimentos e demonstra amor, coragem e persistência.
Precauções
Com a leitura deste livro pode ficar com água na boca e deve evitar a ingestão de doces e chocolates (calorias), pois pode engordar uns quilinhos ou até ficar com diabetes. Estas consequências podem condicionar a sua vida e remetê-lo à dependência de medicamentos e de tratamentos.
Controle as lágrimas e o choro com o romance que existirá no ar e caso fique inconsolável e desapontada com os maus tratos que haverá entre algumas personagens, deixe-se levar pela revolta.

Posologia
Recomenda-se a toma deste livro depois das refeições, pois nesta altura já não terá fome e assim não será capaz de comer doces em excesso. A leitura deste livro não deverá tornar-se um aspeto negativo para a sua saúde, mas um novo conhecimento e amante. Deverá ler pouco de cada vez, para apreciar cada capítulo deste livro. Deve-se ler cada capítulo com entusiasmo, paixão e doçura. Cada palavra deve ser pronunciada com carinho e com a doçura de um bolo.

Dose de leitura
“Querida Vianne:
Obrigada por tudo. Sei como se deve sentir. Converse com Guillaume se quiser – ele compreende melhor do que ninguém. Lamento não poder assistir ao seu festival mas já o vi tantas vezes na minha mente que realmente não importa. Dê um beijinho à Anouk por mim e entregue-lhe umas moedas – a outra é para quem vier a seguir, suponho que nos entendemos.
Estou cansada e sinto uma mudança no vento que se aproxima. Acho que me vai fazer bem dormir. E, quem sabe, talvez um dia nos voltemos a encontrar.
Um abraço, Armande Voizin.
P.S. Não se preocupem em ir ao funeral, nenhum de vocês. É a festa de Caro e suponho que ela tem o direito a isso, já que é o tipo de coisa de que ela gosta. Convide antes os seus amigos para irem até LA PRALINE e tomem chocolate quente. Gosto muito de vocês. A.”
Tatiana Gomes, 11.º A

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